Conheça o projeto Sou Amigo da Fauna, campanha que, em parceria com a Azul, combate o tráfico de animais silvestres
por Bruno Segadilha | fotos Gustavo Figueirôa e Reprodução/Facebook
O ano era 2020, quando, durante uma visita ao Sul do Pará, Raquel Machado percebeu que a pesca e a caça ilegais no rio Azul eram intensas. Fundadora do instituto que leva seu nome e que abriga animais silvestres apreendidos de maneira irregular, Raquel estava na região trabalhando em uma das reservas da instituição, dedicada à reabilitação e à soltura e percebeu que era preciso fazer algo para mudar aquela situação. A partir daí, uniu-se às ONGs SOS Pantanal, Ampara Silvestre e Onçafari e criou o projeto Sou Amigo da Fauna, que tem a Azul como parceira. A ideia é conscientizar o público com campanhas educativas. “Muita gente não sabe que aquele suvenir com penas que compramos nas férias pode ter custado a vida de um animal”, diz. Os Tripulantes da Azul passarão por treinamento para aprender a lidar com casos de tráfico de animais e voos da companhia exibirão vídeos que explicam a importância do combate a essa prática. “Boa parte dessa atividade encontra eco na demanda do público. Então, é fundamental educar as pessoas sobre isso”, diz Raquel, que atua na causa animal há 16 anos. A história de seu instituto também começou quase por acaso.
Recém-chegada a São Paulo em 2006, a médica mineira comprou um terreno em Porto Feliz, no interior do estado, e viu que o antigo proprietário tinha abandonado um papagaio preso em uma gaiola. Incomodada com a situação, mas sem saber como libertar a ave, ela procurou o Ibama e descobriu uma enorme quantidade de animais silvestres apreendidos que não tinham para onde ir. A médica decidiu, então, transformar sua propriedade em um mantenedor, um lugar que, atualmente, abriga 200 animais. A ideia não parou por aí. Ao longo dos anos, ela adquiriu propriedades na Amazônia, no Pantanal e no Mato Grosso do Sul, onde criou áreas de reabilitação e soltura.
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