Uma grande vantagem do amplo território do Brasil é a diversidade da cultura. Nossas riquezas estão distribuídas por vários lugares incríveis de Norte a Sul do país. Cada região presenteia os visitantes com surpresas bastante agradáveis, como é o caso dos pratos típicos.
Está difícil decidir por onde começar a se deliciar? Sabendo que são tantos sabores espalhados, resolvemos elaborar um post com foco na culinária para suas viagens ao Nordeste e dar destaque para os doces que costumam ser encontrados na região.
Portanto, se você pretende fazer uma viagem e não abre mão de provar algumas iguarias, continue a leitura do artigo. Vamos falar sobre diferentes tipos de sobremesa nordestina e contar algumas curiosidades. Aproveite!
Mungunzá
De origem afro-brasileira, o doce ganhou adaptações em cada local onde passou a ser feito. Isso significa que é possível encontrar variações nos ingredientes, conforme a cidade ou estado que você estiver visitando.
A iguaria é conhecida como canjica pelos habitantes do Sul e do Sudeste e está presente em boa parte das festas juninas. Cabe destacar, porém, que os nordestinos preferem usar o milho branco no preparo, que também leva leite de coco ou de vaca, açúcar e algumas especiarias, como cravo e canela.
Bolo de rolo
Patrimônio de Pernambuco, esse quitute teve origem na época em que a região era a maior produtora de açúcar do mundo. Hoje o bolo de rolo é encontrado por todo o estado, portanto, você já pode incluir a degustação em seu roteiro de viagem.
Muitas pessoas o confundem com rocambole, por conta do formato enrolado em espiral. A diferença é que o bolo de rolo tem finíssimas camadas de massa intercaladas com recheio, que pode ser goiabada (tradicional), chocolate ou maracujá. O efeito do corte é lindo e delicado, mas o que mais surpreende é o sabor.
Pamonha doce
De origem indígena, esse prato tem como base o milho verde amassado com leite de coco, manteiga e erva-doce. Inclusive, o termo vem da língua tupi e significa algo como “pegajoso” ou “empapado”. Há versões doces e salgadas para ninguém botar defeito.
A popularidade da pamonha é tanta que, atualmente, pode ser encontrada em estados de todas as regiões brasileiras. Cabe destacar, porém, que para ser uma versão de sobremesa nordestina, a receita deve incluir açúcar, coco e um toque de leite condensado.
Cocada
Essa delícia, que hoje é encontrada em diversas partes do mundo, chegou ao Brasil em forma de prato de ritual. Isso porque era ofertada como comida aos orixás por praticantes da religião africana do candomblé. Quem ouve falar na sobremesa logo pensa nas baianas talentosas, não é verdade?
De fato, Salvador e outras cidades da Bahia são ótimos destinos nacionais para encontrar uma boa cocada. A base da receita envolve apenas coco ralado, água e açúcar (para fazer o doce branco e o queimadinho), mas existem outras opções incrementadas com frutas e até rapadura.
Cartola
Perfeita para quem gosta do sabor agridoce, essa iguaria é típica de Pernambuco e foi considerada Patrimônio Imaterial do estado em 2009. A combinação dos ingredientes fez tanto sucesso que passou a ser adotada em diversas cidades nordestinas.
O preparo consiste em fritar fatias de banana na manteiga, cobri-las com queijo coalho, assar essa mistura e finalizar com uma cobertura feita de açúcar e canela. A cartola é uma receita interessante por unir os costumes de três grupos ocupantes do Brasil colonial: indígenas, africanos e portugueses.
Caju em calda
É muito mais gostoso conhecer o Brasil provando coisas novas, né? Pois bem, se você ainda não teve a oportunidade de experimentar o sabor do caju, saiba que a fruta representa o ingrediente básico de várias delícias do Nordeste.
A versão em calda é uma das mais famosas na região, por conta de sua praticidade. Afinal, basta cozinhar os cajus em uma panela cheia de água, açúcar, canela e cravo-da-índia, até que os frutos fiquem todos caramelizados. Na falta da fruta, é comum a sua substituição por manga ou cajá.
Rapadura
O famoso quadradinho sólido e com sabor de açúcar mascavo tem origem açoriana ou canária. No Brasil, a produção começou nos engenhos durante o século XVI e resultava da raspagem das camadas de açúcar que grudavam nos tachos — por isso o termo, variante da palavra “raspadura”.
Ainda que o principal produtor seja o estado do Ceará, é possível encontrar a rapadura em todas as partes do Brasil. Para quem faz questão de provar seu sabor tradicional, feito com todo o cuidado, vale a pena marcar uma viagem e conferi-la na forma de sobremesa nordestina.
Pé de moleque
Essa delícia também leva rapadura, mas tem o amendoim torrado como protagonista. É necessário apenas água para fazer a mistura dos principais ingredientes, que, após esfriar, resulta em uma massa dura e compacta. Os cortes podem ser feitos em diversos tamanhos e formatos.
Você consegue apreciar essa maravilha da culinária brasileira em diversos estados nordestinos. Em algumas regiões, como Alagoas, o pé de moleque pode ser preparado com uma base composta por massa de macaxeira e receber outros ingredientes, como castanha e café.
Torta búlgara
Apesar de ter nome europeu, essa iguaria foi criada na nossa querida Bahia, conhecida como a terra de todos os santos. Trata-se de um tipo de bolo bem cremoso, que não leva farinha e costuma ser saboreado pelas famílias aos finais de semana.
A mistura é simples: manteiga ou margarina, açúcar refinado, chocolate em pó e leite. O resultado é uma torta escura, homogênea e macia, perfeita para fechar uma refeição salgada. As coberturas mais indicadas para acompanhar o doce são creme de leite ou chocolate meio amargo derretido.
Como pôde ver, opções não faltam na hora de procurar um quitute para adoçar o seu passeio pela região. Então, aproveite a oportunidade de saborear uma sobremesa nordestina enquanto explora cada cantinho do destino selecionado. Você certamente terá muita coisa boa para guardar na memória.
Quer continuar descobrindo pontos positivos para planejar um roteiro personalizado? Veja, agora, as opções de lugares para visitar no Nordeste!
